
Os golpes não são desviados. A faixa-título abre com um convite: "Kick out the jams, motherfuckers!". Do grito apache de "Rocket Reducer", passando pelo blues politizado de "Motor City's Burning", até o insano tributo ao deus Sol de "Starship", o ambiente é de uma manifestação de protesto prestes a pegar fogo.
Foi um disco controverso. Uma velha raposa do rock, o lendário jornalista Lester Bangs, disse que o álbum era "ridículo, arrogante e pretensioso" e, em parte, quase convenceu o guitarrista Wayne Kramer. Quando a rede de lojas de discos Hudson's se recusou a vender esse disco "obsceno", a banda publicou anúncios que diziam "Foda-se Hudson's!". A Elektra lançou uma versão editada do álbum e logo desfez o contrato com o grupo.
Mas isso não foi o fim dos MC5 — embora tenha sido o início do fim. Kick Out The Jams continua sendo seu testamento definitivo, um álbum que cheira a spray de pimenta e no qual se pode sentir o calor das faixas pegando fogo e o fervor da revolução. (Stevie Chick)
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01. Ramblin' Rose (Burch, Wilkin)
02. Kick Out The Jams (Kramer, Smith, Davis, Tyner, Thompson)
03. Come Together (Kramer, Smith, Davis, Tyner, Thompson)
04. Rocket Reducer No. 62 (Rama Lama Fa Fa Fa) (Kramer, Smith, Davis, Tyner, Thompson)
05. Borderline (Kramer, Smith, Davis, Tyner, Thompson)
06. Motor City Is Burning (Smith, Hooker)
07. I Want You Right Now (Kramer, Smith, Davis, Tyner, Thompson)
08. Starship (Kramer, Smith, Davis, Tyner, Thompson, Ra)
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