
O produtor Todd Rundgren, não sem enfrentar alguma oposição dos Dolls, transformou a dinâmica garage da banda num som cinematográfico. A guitarra tempestuosa, no estilo de Chuck Berry, tocada por Johnny Thunders batia de frente com os grunhidos bêbados de David Johansen, numa sessão de gravação selvagem que rendeu uma explosiva série de canções. A sabedoria das ruas entranhada no rock n' roll dos Dolls (somada à percepção aguda da banda) deu origem a clássicos da sarjeta, como "Frankenstein", "Human Being", a divertida "Personality Crisis" e "Trash" — que mistura romance barato e loucura urbana em um cenário musical grotesco mas belo.
Pioneiros da música pré-punk de Nova York no início da década de 70, os Dolls se separaram de forma amarga em 1975, sendo o rompimento provocado, em parte, por suas tendências autodestrutivas. Mas seus feitos não passaram despercebidos em Londres — naquele mesmo ano, Malcolm McLaren (que havia empresariado os Dolls durante um breve tempo, no final da carreira da banda) roubou o conceito do grupo e formou uma nova banda, os Sex Pistols. (Jaime Gonzalo)
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01. Personality Crisis (Thunders, Johansen)
02. Looking For A Kiss (Thunders, Johansen)
03. Vietnamese Baby (Johansen)
04. Lonely Planet Boy (Thunders, Johansen)
05. Frankenstein (Johansen, Sylvain)
06. Trash (Johansen, Sylvain)
07. Bad Girl (Thunders, Johansen)
08. Subway Train (Thunders, Johansen)
09. Pills (Diddley)
10. Private World (Johansen, Kane)
11. Jet Boy (Thunders, Johansen)
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